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17 February 2006

.:: criança e luz

.. por vezes era apenas porque me sentia bem ali no escuro do meu quarto. Pegava no meu Yahama e tocava sem parar músicas que tinha guardadas em mim .. músicas meio perdidas dos Beatles. Quando todos aqueles sons se tornavam demais .. e os dedos ficavam cansados de passear pelo teclado deitava de olhos bem fechados na minha cama. Apesar de ainda sêr dia, tinha tudo fechado para que me rodeasse o breu. Um dia aconteceu. Eu não me deitava para dormir.. deitava apenas para ter paz. Sem sons á minha volta. Sem saber nem como nem porquê saí do meu corpo. (...) o que é isto ? Não era algo extra terrestre era apenas algo suave .. como se nadasse em leite embora desconheça em concreto essa sensação. Não saí a voar por esse mundo fora ou falei com espirítos ou vivi vidas passadas ou futuras. A simplicidade era tal que estando fora do meu corpo, não o estava realmente. Estava pegado ao meu corpo na cama como que por um cordão umbilical pelo pé direito. Puxei. Puxei e nada . Continuava ali parado a pairar sobre o meu corpo. Vivi estas experiências ao longo de mais ou menos ano e meio e apenas uma vez consegui sair de mim. Saí e voei para onde pensei voar. Até ao final da minha rua. Assustei-me. E voltei instantaneamente ao meu corpo relaxado no meu pequeno quarto no 2º Esq. Nunca mais voltei a sentir nada igual. Pelo que percebi e senti, tal era possivel devido á clareza, simplicidade e "pureza" da minha existência naqueles anos. Quando crescemos tudo se torna complicado. Tudo é difícil. Preocupações. Tudo isto me impede de um dia voltar a sentir algo assim. Compreendo desde então o porquê de monges e outras pessoas que se dedicam á meditação procurarem locais recônditos e de vida muito simples para que possam atingir estados que nunca poderiam atingir no meio de "nós". A vida está demasiado orientada para o real. Para o pão, a novela, o pálpavel. São dois modos quase antagónicos entre si de passar por esta vida. Até agora escolhi o pão e a água. Espero um dia têr o privilégio de voltar a poder escolher o meu caminho e aí creio que escolho a compreensão. (...) Ainda há uns dias atrás ao falar com uma boa amiga da internet partilhámos as nossas experiências comuns nesta área. Sabe tão bem sentir que não estamos sós mesmo nestes pequenos nadas espirituais. Thank you so very much Queen Mishty !
author
Jake Simms
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