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22 May 2009

.:: o mundo



Não sei precisar o momento (ou em realidade momentos) em que este TorrejanoAlbicastrense pensou ou decidiu cruzar o escudo invisivel que o mundo traçou á sua beira. Tejo ao Sul e a cordilheira da Serra de Aire e Candeeiros a Norte. Bem vistas as coisas, esta novela Queirosiana começou um pouco depois de nascer. Um médico de familia com uma voz forte o suficiente para soar autoritária disse para a senhora minha mãe: Praia. Praia e Mar! Muito Ar. A resposta a tão criptográfica mensagem chegou em forma de concha numa qualquer praia do fabuloso litoral português. Anos e anos se passaram em que cada um dos fins de semana que Deus (Jesus e outras multicúspides entidades sobre-naturais) tão zelosamente colocou no nosso caminho, foram passados nesta linha imaginária (imaginária para todos voçês, Bem Real para mim) entre Proença-a-Velha na Beira Baixa e São Martinho do Porto na Extremadura. Cada fim de semana de Deus, cada período de férias de glória ... era passada neste eixo. Não me queixo. Inevitavelmente algo teria que passar. Aconteceu Armação de Pêra. Aconteceu Viseu. Descobri que o Mundo não acabava na fronteira com Espanha (esse grande desconhecido ... exportador de um grupo de jovens em bicicleta, assobiando furiosamente uma canção bonita de Verão Azul) a Este. Ou sequer na pequena ilha em forma de Baleia que quando le apetecia e o senhôr do tempo assim o deixava nos agraciava com uma visita efémera no meu horizonte. Aconteceu Valverde del Fresno. Onde cada Páscoa em romaria nos juntávamos para ir comprar caramelos espanhóis. Os outros, os do outro lado da fronteira vinham em romaria a comprar todas as toalhas havidas e por haver a sítios tão sinceramente nossos como Monsanto da Beira, Idanha-a-Nova ou Fundão. Na praia em que cada ano religiosamente eu cumpria a ordem que deram à senhora minha mãe "Praia. Praia e Mar! Muito Ar", pessoas de muitos lados, gente de muitos sítios enchia a minha imaginação com palavras raras, paises impossiveis e fotos de Neve. Ne-Ve. Aconteceu Covilhã e os jogos de futebol improváveis (na mesmíssima Torre) e festas Rave condenáveis (no antigo Sanatório) e os flocos de neve que nunca cairam enquanto fui um dos filhos adoptivos da "Cidade Branca". Aconteceu que uma menina me treinou. Basket,vida e viagens. Cruzei-me no seu caminho e descobri India. Uma outra menina que vi do cimo da minha mui nobre bicicleta Azul Babe ensinou a mim Espanha e Itália. Uma outra deitada nas areias da minha concha deu-me todo o Sul de Portugal. Um Okapi deu a mim toda a Costa Maritima de Europa. Eu punha a fome .. o mundo a vontade de comer. Sei agora .. devagarinho, que esta refeição não chegou sequer ao aperitivo. Eu morro de Fome e tu?
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Jake Simms
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